sábado, julho 02, 2005

A seca

Os portugueses parecem indirerentes ao desatre que há quase um ano se abate sobre a nossa terra, e, o que mais se ouve dizer, entre sorrisos inconscientes, levianos de gentes egoístas e /ou ignorantes, sedentas de calcinarem as suas já tão consumidas epidermes, pela torreira do astro, como se os tão ansiados bronzeados que adquirem não fossem efémeros e perigosos, é : mais um lindo dia de sol e que calor agradável !
Parece que ignoram quão melhor seria, para todos nós, que em vez do céu estar esplendoroso , de uma azul sem par, como é o nosso, antes estivesse carregado e despejasse prolongadas e copiosas chuvadas sobre este pais a morrer á míngua.
O ontinuarmos nesta situação será ramático a muito curto prazo.
E até a respeito de céu, temos por demais razões de queixa, porque ele, apresentando-se de quando em vez carregado ele de núvens negras de cor plúmbea, certamente a abarrotarem de água, o líquido precioso nem mesmo assim, como uma maldição, acaba por cair.
Será que se confirmam as previsões de tantos que foram apodados de pessimistófilos e que por certo caminhamos a passo largos para uma inevitável desertificação?
Para quando uma política de forte reflorestação, no sentido de, pelo menos tentar minimizar esse fenomeno que parece inexorável?

2 comentários:

Carlos de Matos disse...

..já ontem, enquanto bebiamos uma água, lá para os lados de Telheiras,te disse que estamos no Verão e como tal, tempo usualmente de seca!
Eu sei que já vem de muito longe e disso todos temos que nos lamentar!
contudo, dado o meu imutável optimismo, acredito e DESEJO que lá para fins de Setembro/Outubro, o precioso líquido vai jorrar!
então se assim não for... estará tudo perdido cá para as nossas bamdas da esquina da Europa!
As previsões não são as melhores, mas sejamos crentes na natureza!
e estejemos atentos ao que ela nos "diz"!
que tal falarmos de:
emissão de CO2?
florestação adquada?
energias limpas? não poluentes?
diminuição de utilização de viaturas particulares?
etc.etc.
Esperemos melhores dias!


xi

Alírio Camposana disse...

Creio, caro Jorge, que o que se vive em Portugal é muito grave. Muito mais grave do que a seca ou do que o défice. Vive-se uma espécie de vergonha camuflada, algo indefinido que se perde no nevoeiro por onde, um dia, um D. Sebastião há-de devolver a grandeza à Pátria. Entretanto, vamos tendo esperança de que os países ricos não nos fechem a torneira dos "euritos", caso contrário,ainda seremos obrigados a desenterrar um ossito numa célebre campa em Santa Comba Dão,para o mandar aos criadores da ovelha Dolly!