terça-feira, julho 05, 2005

Sócrate e a minha surpresa

Hoje, pela primeira vez fiquei agradavelmente impressionado pela primeira grande entrevista televisiva do Primeiro Ministro, José Sócrates.
De facto, ao contrário das minhas expectativas e muito embora discorde de muitas das suas opiniões, devo penitenciar-me de, por vezes, ter tecido comentários a seu respeito, que agora julgo algo de pouco justos, e por conseguinte inoportunos e desajustados . Na verdade, José Socrates mostrou uma grande segurança no que disse e sem titubear, teve a coragem de se afirmar franco opositor de inúmeras iniquidades, sobretudo (por exemplo entre alguns outros) , a propósito de injustas remunerações e benefícios de titulares , quer de cargos políticos, quer de privados, da injustiça no tratamento das beneces dos funcionalismo público em relação às dos trabalhadores dos sectores privados da economia, especialmente respeitantes a certoas diferenças de tratamento dos divesificados subsistemas de saúde ou ainda na injustiça que representam os diferencias ectários para efeitos de reforma, bem como dos montantes das mesmas, salvaguardando, no entanto, cuidadosamente, direitos adquiridos pelo tempo de descontos etc..., atitudes que indefectivelmenete louvo e que com a maior das humildades reconheço. Sendo assim, de futuro reservar-me-ei de fazer tais comentários, quiça, produtos mais ditados por um coração ao pé da boca, consequência implicita dos momentos difíceis que vivemos, optando por uma reflexão mais cuidada, e, sendo assim lhe concedo, pelo menos, o benefício da dúvida, com a esperança de me não vir desse facto a arrrepender.
Deixo no entaanto o meu protesto e total discordância em relação às decisões do poder em avançar para a construção de novo aeroporto na Ota ou seja onde raio for, por a esse projecto existirem alternativas mais económicas e razoáveis, bem como à implementação de uma linha de TGV. que poucos ou quase nenhuns benefícios trarão aos portuguêses, sendo minha opinião que seria muito mais racional refazer a quase totalidade da via férrea norte sul, no sentido de conseguir, pelo menos, as velocidades já agora atingidas, em certos troços da mesma linha, na ordem dos duzentos e quarenta kilómetros por hora.

6 comentários:

axadresado disse...

primeiro ministro corajoso, sou obrigado a concordar com o meu amigo. é que politicos corajosos, a maioria das pessoas não sabe o que isso é, pois acho que nunca viram. embora eu pense que este primeiro ministro, jovem, talentoso, o primeiro ministro merece confiança, o problema é o resto, ou seja ministros, deputados e o partido.
porque hoje para se governar em maioria, arranja-se meia duzia de ministros "velhos" ou jovens com salarios astronomicos, e deputados a contarem já com as suas reformas e assim se governa em maioria.
o primeiro ministro carece de confiança, o problema são os ministros esses.........
um abraço
até já

Carlos de Matos disse...

... aprendi ao longo da vida e com o Fernando Mascarenhas, Marquês de Fronteira (sobre quem escrevi aqui no blog em tempos, sob o titulo "O Faz Tudo e Fernando de Mascarenhas), que temos de ouvir primeiro, reflectir em seguida e opinar depois!

Parabens pelo teu pedido de "desculpas" e não olvides o quanto sofreste, por não teres ouvido bem e reflectido melhor.

Não há idades para aprender!
E tu, na tua juventude intelectual, estás quase a saber tudo!

um grande xi-coração

Carlos de Matos disse...

...contudo não me encantei com o discurso do PM!

...insiste, mal , na minha humilde opinião, em aspectos e projectos que venho desde há muito a considerar aberrantes,muito especialmente nesta altura do "campeonato"!

...falaremos disso mais tarde!

um Xi

Anónimo disse...

O Sr PM devia pensar também que é injusto alterar regras do jogo a meio do campeonato, para usar uma expressão desportiva. Quando um funcionário público assinou um contrato de trabalho com a Administração Pública, fê-lo de acordo com determinados pressupostos. Ora as tais medidas de restrição de direitos aquiridos deverão ser implementadas somente para os funcionários futuros, não para os actuais.Será correcto retirar direitos obtidos, por vezes, à tantos anos, assim de repente sem mais nem menos? Quando é sabido que os salários, contrariamente ao que se diz, são de um modo geral baixos. Se existem sistemas de saúde um pouco mais favoráveis (ADSE por exemplo) convém não esquecer que todos os meses é descontada, do seu por vezes magro salário, a participação nesses sub-sistemas de saúde.
O mal do mundo não reside na função pública! A maioria dos funcionários são pessoas com cultura acima da média e dedicados à causa pública!

Um abraço AVC

Anónimo disse...

Desta vez recusei-me a ouvir um "Sócras" com 100 dias de tentativa de governo. Mas é sabido que o 1º entrou de mansinho, pede ajuda ao amigo Constâncio e finalmente diz-se espantado com o défice encontrado... OK, esqueceu-se que os portugueses podem estar de tanga mas continuam a usar o cérebro... Depois para acalmar as hostes corta regalias, que não vamos discutir se o são ou não, como se assim resolve-se o verdadeiro problema: um Estado gastador, sem dinheiro mas cheio de vontade de dinamizar a economia (sic)... O português, invejoso, mais uma vez engole aquilo que lhe dão a engolir e acha muitíssimo bem que os senhores funcionários públicos perdam direitos, para os quais pagam!
Venha o aeroporto, o tgv e o que quiserem, nós pagamos!

Jorge disse...

Que diabo, eu também eu não disse que concordava com tudo, e compreendo e apoio certamente o anónimo e a choninhas. certamente