segunda-feira, julho 30, 2007

Sócrates"" o pequeno Salazar"

«A saída de António Costa para a Câmara de Lisboa pode ser interpretada de muitas
maneiras. Mas, se as intenções podem ser interessantes, os resultados é que contam.
Entre estes, está o facto de o candidato à autarquia se ter afastado do governo e do
partido, o que deixa Sócrates praticamente sozinho à frente de um e de outro. Único
senhor a bordo tem um mestre e uma inspiração. Com Guterres, o primeiro-ministro
aprendeu a ambição pessoal, mas, contra ele, percebeu que a indecisão pode ser fatal.
A ponto de, com zelo, se exceder: prefere decidir mal, mas rapidamente, do que adiar
para estudar. Em Cavaco, colheu o desdém pelo seu partido. Com os dois e com a sua
própria intuição autoritária, compreendeu que se pode governar sem políticos.
Onde estão os políticos socialistas? Aqueles que conhecemos, cujas ideias pesaram
alguma coisa e que são responsáveis pelo seu passado? Uns saneados, outros
afastados. Uns reformaram-se da política, outros foram encostados. Uns foram
promovidos ao céu, outros mudaram de profissão. Uns foram viajar, outros ganhar
dinheiro. Uns desapareceram sem deixar vestígios, outros estão empregados nas
empresas que dependem do Governo. Manuel Alegre resiste, mas já não conta.
Medeiros Ferreira ensina e escreve. Jaime Gama preside sem poderes. João Cravinho
emigrou. Jorge Coelho está a milhas de distância e vai dizendo, sem convicção, que o
socialismo ainda existe. António Vitorino, eterno desejado, exerce a sua profissão.
Almeida Santos justifica tudo. Freitas do Amaral reformou-se. Alberto Martins apagou-
se. Mário Soares ocupa-se da globalização. Carlos César limitou-se definitivamente
aos Açores. João Soares espera. Helena Roseta foi à sua vida independente. Os
grandes autarcas do partido estão reduzidos à insignificância. O Grupo Parlamentar
parece um jardim-escola sedado. Os sindicalistas quase não existem. O actual
pensamento dos socialistas resume-se a uma lengalenga pragmática, justificativa e
repetitiva sobre a inevitabilidade do governo e da luta contra o défice. O ideário
contemporâneo dos socialistas portugueses é mais silencioso do que a meditação
budista. Ainda por cima, Sócrates percebeu depressa que nunca o sentimento público
esteve, como hoje, tão adverso e tão farto da política e dos políticos. Sem hesitar,
apanhou a onda.
Desengane-se quem pensa que as gafes dos ministros incomodam Sócrates. Não mais
do que picadas de mosquito. As gafes entretêm a opinião, mobilizam a imprensa,
distraem a oposição e ocupam o Parlamento. Mas nada de essencial está em causa. Os
disparates de Manuel Pinho fazem rir toda a gente. As tontarias e a prestidigitação
estatística de Mário Lino são pura diversão. E não se pense que a irrelevância da
maior parte dos ministros, que nada têm a dizer para além dos seus assuntos técnicos,
perturba o primeiro-ministro. É assim que ele os quer, como se fossem directores-
gerais. Só o problema da Universidade Independente e dos seus diplomas o incomodou
realmente. Mas tratava-se, politicamente, de questão menor. Percebeu que as suas
fragilidades podiam ser expostas e que nem tudo estava sob controlo. Mas nada de
semelhante se repetirá.
O estilo de Sócrates consolida-se. Autoritário. Crispado. Despótico. Irritado. Enervado.
Detesta ser contrariado. Não admite perguntas que não estavam previstas. Pretende saber, sobre as pessoas, o que há para saber. Deseja ter tudo quanto vive sob controlo.
Tem os seus sermões preparados todos os dias. Só ele faz política, ajudado por uma
máquina poderosa de recolha de informações, de manipulação da imprensa, de
propaganda e de encenação. O verdadeiro Sócrates está presente nos novos bilhetes de
identidade, nas tentativas de Augusto Santos Silva de tutelar a imprensa livre, na
«A saída de António Costa para a Câmara de Lisboa pode ser interpretada de muitas
maneiras. Mas, se as intenções podem ser interessantes, os resultados é que contam.
Entre estes, está o facto de o candidato à autarquia se ter afastado do governo e do
partido, o que deixa Sócrates praticamente sozinho à frente de um e de outro. Único
senhor a bordo tem um mestre e uma inspiração. Com Guterres, o primeiro-ministro
aprendeu a ambição pessoal, mas, contra ele, percebeu que a indecisão pode ser fatal.
A ponto de, com zelo, se exceder: prefere decidir mal, mas rapidamente, do que adiar
para estudar. Em Cavaco, colheu o desdém pelo seu partido. Com os dois e com a sua
própria intuição autoritária, compreendeu que se pode governar sem políticos.
Onde estão os políticos socialistas? Aqueles que conhecemos, cujas ideias pesaram
alguma coisa e que são responsáveis pelo seu passado? Uns saneados, outros
afastados. Uns reformaram-se da política, outros foram encostados. Uns foram
promovidos ao céu, outros mudaram de profissão. Uns foram viajar, outros ganhar
dinheiro. Uns desapareceram sem deixar vestígios, outros estão empregados nas
empresas que dependem do Governo. Manuel Alegre resiste, mas já não conta.
Medeiros Ferreira ensina e escreve. Jaime Gama preside sem poderes. João Cravinho
emigrou. Jorge Coelho está a milhas de distância e vai dizendo, sem convicção, que o
socialismo ainda existe. António Vitorino, eterno desejado, exerce a sua profissão.
Almeida Santos justifica tudo. Freitas do Amaral reformou-se. Alberto Martins apagou-
se. Mário Soares ocupa-se da globalização. Carlos César limitou-se definitivamente
aos Açores. João Soares espera. Helena Roseta foi à sua vida independente. Os
grandes autarcas do partido estão reduzidos à insignificância. O Grupo Parlamentar
parece um jardim-escola sedado. Os sindicalistas quase não existem. O actual
pensamento dos socialistas resume-se a uma lengalenga pragmática, justificativa e
repetitiva sobre a inevitabilidade do governo e da luta contra o défice. O ideário
contemporâneo dos socialistas portugueses é mais silencioso do que a meditação
budista. Ainda por cima, Sócrates percebeu depressa que nunca o sentimento público
esteve, como hoje, tão adverso e tão farto da política e dos políticos. Sem hesitar,
apanhou a onda.
Desengane-se quem pensa que as gafes dos ministros incomodam Sócrates. Não mais
do que picadas de mosquito. As gafes entretêm a opinião, mobilizam a imprensa,
distraem a oposição e ocupam o Parlamento. Mas nada de essencial está em causa. Os
disparates de Manuel Pinho fazem rir toda a gente. As tontarias e a prestidigitação
estatística de Mário Lino são pura diversão. E não se pense que a irrelevância da
maior parte dos ministros, que nada têm a dizer para além dos seus assuntos técnicos,
perturba o primeiro-ministro. É assim que ele os quer, como se fossem directores-
gerais. Só o problema da Universidade Independente e dos seus diplomas o incomodou
realmente. Mas tratava-se, politicamente, de questão menor. Percebeu que as suas
fragilidades podiam ser expostas e que nem tudo estava sob controlo. Mas nada de
semelhante se repetirá.
Oestilo de Sócrates consolida-se. Autoritário. Crispado. Despótico. Irritado. Enervado.
Detesta ser contrariado. Não admite perguntas que não estavam previstas. Pretende
saber, sobre as pessoas, o que há para saber. Deseja ter tudo quanto vive sob controlo.
Tem os seus sermões preparados todos os dias. Só ele faz política, ajudado por uma
máquina poderosa de recolha de informações, de manipulação da imprensa, de
propaganda e de encenação. O verdadeiro Sócrates está presente nos novos bilhetes de
identidade, nas tentativas de Augusto Santos Silva de tutelar a imprensa livre, na teimosia descabelada de Mário Lino, na concentração das polícias sob seu mando e no
processo que o Ministério da Educação abriu contra um funcionário que se exprimiu
em privado. O estilo de Sócrates está vivo, por inteiro, no ambiente que se vive, feito já
de medo e apreensão. A austeridade administrativa e orçamental ameaça a
tranquilidade de cidadãos que sentem que a sua liberdade de expressão pode ser
onerosa. A imprensa sabe o que tem de pagar para aceder à informação. As empresas
conhecem as iras do Governo e fazem as contas ao que têm de fazer para ter acesso aos
fundos e às autorizações.
Sem partido que o incomode, sem ministros politicamente competentes e sem oposição
à altura, Sócrates trata de si. Rodeado de adjuntos dispostos a tudo e com a
benevolência de alguns interesses económicos, Sócrates governa. Com uma maioria
dócil, uma oposição desorientada e um rol de secretários de Estado zelosos, ocupa
eficientemente, como nunca nas últimas décadas, a Administração Pública e os cargos
dirigentes do Estado. Nomeia e saneia a bel-prazer. Há quem diga que o vamos ter
durante mais uns anos. É possível. Mas não é boa notícia. É sinal da impotência da
oposição. De incompetência da sociedade. De fraqueza das organizações. E da falta de
carinho dos portugueses pela liberdade.» [
Público
António Barreto faz o retrato de Sócrates









segunda-feira, julho 02, 2007



Não resisto a fazer passar este interessante documento.

O "Paladino" das Obras Públicas (e de algumas privadas...)É só "piratagem"...


Há interesse em pessoas que evitem abusos, mas não por um preço tão elevado !!!




ALEM DO QUE AQUI ESTÁ AINDA TEMOS QUE AGRADECER A ESTE GABIRU OS 3 MILHÕES QUE O TÚNEL CUSTOU A MAIS POR CAUSA DA PROVIDÊNCIA CAUTELAR QUE ELE INTERPÔS EM NOME DO POVO MAS QUE NINGUÉM LHE ENCOMENDOU!!!

José Sá Fernandes, um malandrim na Câmara de Lisboa
SABIAM QUE este marmanjão custa ao orçamento da Câmara Municipal de Lisboa 20 880 euros por mês?
Pois é, para sustentar o tráfico de influências desta besta quadrada andamos a pagar do nosso bolso a onze parasitas, entre eles nove assessores técnicos, uma secretária e um coordenador de gabinete, além de um motorista para o vereador, um motorista para o gabinete e um contínuo -- tudo a recibo verde.
"O Zé faz falta!" -- Faz? Claro que sim: faz a maior falta a estas 11 encomendas!
Se não vejamos:
CONTRATO PRESTAÇÃO SERVIÇOS - 11 PESSOASNome - Função/Origem/Contrato - Categoria/Vencimento (euros) Alberto José de Castro Nunes - Assessor (50%) Renovação - 1.530 ,00 Ana Rita Teles do Patrocínio Silva - Secretária (100%) Renovação - 2.000.00António Maria Fontes da Cruz Braga - Assessor (50%) Renovação - 1.530,00Bernardino dos Santos Aranda Tavares - Assessor (100%) Renovação - 2.500,00Carlos Manuel Marques da Silva - Assessor (50%) Renovação - 1.530,00Catarina Furtado Rodrigues Nunes de Oliveira - Assessora (100%) Renovação - 2.500,00Maria José Nobre Marreiros - Assessora (50%) Renovação - 1.530,00Pedro Manuel Bastos Rodrigues Soares - Coordenador do Gabinete (50%) Renovação - 1.730,00Rui Alexandre Ramos Abreu - Secretário (100%) Renovação - 2.000,00Sara Sofia Lages Borges da Veiga - Assessora (50%) Renovação - 1.530,00Sílvia Cristóvão Claro - Assessora (100%) Renovação - 2.500,00
DIVULGUEM ESTE MAIL PORQUE O ZÉ mais estes Zezinhos e estas Zezinhas só fazem falta à pata que os pôs!
E não se esqueçam de que este gabiru é vereador sem pelouro -- imaginem se alguma vez chegar a ter um!...


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