terça-feira, julho 05, 2005

Puro Veneno

Sobe o pano cor de rosa ao som das pancadinhas do Sr. Moliere.

Na plateia, os papalvos do costume: desde os laranjas, ao bicudo Parte a Louça, Joaninha Amparal Noites, à menina Dragilhone, de cabelo cortado à garçone, que anda à procura de se identificar...AH,Ah,Ah,.....

A música estala e a voz soturna do Poeta eleva-se tonitroante.

AH;AH;AH; Todos ao teatro; jà!

- Aperta, aperta, aperta que o cinto não é deles ! Aperta que não chega!
- Deles quem? - pergunta o ingénuo, com os bofes a sairem-lhe pela boca.
- Dos senhores que tudo podem, claro!
És mesmo imbecil, meu caro Zé Povinho- responde o colectivo.
Diálogo extraído da peça a estrear brevemente num teatro ao ar livre, encenado pela pandilha pseudo-esquerdista no poder, com direcção artistica de Georgito Coelhone, autor de outros autos de fé, de entre os quais, sobressai aquele que leva por título : Como encher os bolsos da malta ao lombo dos ignotoportugas.
Música e poemas de Alegrotte Barbaças.
Guarda-roupa a cargo do fininho da voz de mel, Carrilhone , o despeitado.

2 comentários:

axadresado disse...

olá caro amigo, como está?
sempre a meter lenha.
um abraço
até já

isabel mendes ferreira disse...

...então está bem, ficamos assim, neste escárnio e bem dizer, em que és sibil e ágil...ficamos a sorrir para ti e a enviar-te bilhetes de nevoeiro para assistirmos ao teatro. beijo.