terça-feira, junho 21, 2005

As maluquices da Santana e não só

SANTANA LOPES, O VINGATIVO
Pedro Santana Lopes, o primeiro ministro mais incompetente que Portugal alguma vez teve e actualmente a brincar aos presidentes de Câmara, anunciou hoje que vai pedir ao Tribunal de Contas para analisar algumas obras realizadas entre 1990/2002, quando o município era liderado pela coligação PS/PCP!
E porque não analizar também as obras do tempo de Cruz Abecassis? E as do tempo de Marcelo Caetano? E as do tempo do Marquês de Pombal?

E preciso ter lata Dr. Santana!
E porque não analizar também as obras dos valentes portugas ao longo de toda a nossa história mais recente, particularmente quando metemos na cabeça que tinhamos chegado ao climax da compreensão da democracia : a da palmada nas costas, do somos todos iguais, do serviço nacional de saúde e ensino gratuítos e outras patranhas quejantes, propaladas a maioria das vezes por patetóides armados em profundos experts da politiqueirice ( ao seu serviço, claro) , só vendo nela benefícios (privados)?
Muito havia que contar, pois infelizmente, por muito que gesticulemos, parece que somos um povo super-especializado na trafulhice de pacotilha; assim uma coisa reles..., capaz de palmar desde uma caixa de fósforos, a enganar a própria mãe quando disso houver necessidade,... até ao desvio da mais inacreditável coisa ou objecto...
E sem contar com o espírito profundamente borlista, que tão famosos nos tornou..., quando, em vez de construirmos um país europeu, dos quais a vizinha Espanha é o melhor exemplo acabado, pela mão da nossa decrépita realeza bafienta, enchemos os cofres do Vaticano: de ouro, de especiarias e de outras riquezas, tudo carregado por tristes paquidermes e que os chefes desse estado recolhiam e abençoavam...., dando em troca o famoso favor da borla (em Itália, borlista é igual a Português).
É claro que nem tudo é assim tão mau ( queria dizer péssimo) , senão eu não poderia estar para aqui a vomitar democraticamente o meu desagrado por aqui viver e não ter tido a coragem de emigrar a tempo e sobretudo ter-me livrado da maldita guerra colonial, que me levou os três melhores anos da minha vida, porque, se tivesse tido essa coragem, como o poetão Alegre e outros pimpões que para aí andam a dar palpites, outro galo me teria cantado,e, ao fim de uma carreira de trinta e cinco anos de esforço e grande responsabilidade não teria de me confrontar com a miserável reforma que recebo, em contraste franco com esse bando de salafrários, que depois de curtas premanências na Assembleia da República, como sabe-se lá bem o quê (deputados? devia ser deportados) , vão para casa de bolsos a abarrotar, sem sombra de remoque por sermos todos a pagar, porque o estado afinal, somos nós.
Mesmo assim, com esta nossa espertalhice pacóvio-esquizopática, abrimos a dentuça de gáudio, quando mostramos o pouco que nos resta: os Jerónimos, a Batalha, o Mosteirinho de Alcobaça..., e poucos mais produtos, de uma história mal ensinada de séculos.
Os outros poucos que mostramos, são miseráveis e estão a apodrecer pela decadência da irresponsabilidade de quem tem a responsabilidade de conservar o nosso parco património, etc..., uma tristeza...
Mas alegrem-se, caros concidadãos.
Afinal temos Futebol, Fátima e Fado em doses industriais, como no tempo do SR. ds Botas de atilho e ceroulas de Santa Comba-Dão, não esquecendo as famosas marchas de Lisboa e do Porto, pelos Santos populares, com aquele povoléu desdentado, feio, porco, mau e barrigudo, nesse dia utilizador provável de desodorizante baratucho e colónia de supermercado Feira Nova, Carrefour, Continente, Intermarchè, ou mesmo comprado no merceiro lá da esquina, penteado de cabeleireiro de bairro, caras cheias de pós e estrelinhas a rebrilhar à luz dos holofotes, tudo aos pulinhos; raparigaças fanchonas de sociedade recreativa a dar ao rabo, oscilando os saiotes de chitas e cetins, cada um para seu lado, numa demostração de total insensibilidade ao ritmo das desfinadas bandas, e sobretudo temos sardinhas assadas a exalar o pivete do costume ( até as espanholas são melhores, têm gosto a mar), não esquecendo os bairros miseráveis da capital, reconstruidos com os materiais mais baratuchos: terracota e outras merdices, depois do terramoto e , que, mostramos de sorriso aberto, (dentadura com falta de pelo menos dois molares) , aos estrangeiros (que na terra deles são muitas vezes também uns merdosos que tiram à boca para poderem viajar) , como se fossem preciosidades: Alfama, Mouraria etc..., que não passam de miseráveis lugares ditos "trés tipique "de gentes, que a maior parte das vezes têm que fazer o seu chichi ao fundo das escadas e onde uma casa de banho decente é uma longínqua mirágem.
Da não recuperação dessas zonas hiperdegradadas resulta sim uma imensa responsabilidade para esse bando de farsolas e corruptos, de uma ponta à outra dos leques partidários, que têm estado á frente do Município e que nada ou muito pouco têm feito. Esses sim deviam ser sériamente punidos.

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