domingo, outubro 23, 2005

A união Ibérica sem preconceito portuga/Ao Pedrinho e à Guida



Hoje foi um dia muito especial na minha vida.
Sempre detestei ir a festas, particularmente casamentos: só por extremada obrigação.
Ao meu, fui por não haver outra solução.
Porém, hoje, fui assistir à celebração de um matrimónio muito especial: o que poderia chamar de união ibérica : a da filha de um grande amigo, que em menina, diria: andou ao meu colo e de um jovem filho de Toledo, que me pareceu ser um tipo às direitas, como diz o povo quando se refere a alguém que nos merece confiança ao primeiro olhar.

E não é, que sendo cristão por baptismo e agnóstico por opção filosófica , o facto de assistir a essa enternecedora cerimónia, presidida por dois jovens padres, um deles amigo pessoal do noivo, o outro, irmão dele, vindo lá das terras frias da Ávila muralhada, me emudeceu a alma, me fez assomar uma lágrima de emoção aos meus já cansados olhos, pela resplandecência quase celestial que do rosto bondoso do padre irmão do nubente emanava e me fazia vê-lo aureolado de uma energia que me penetrava, me transmitia paz, me fez até pairar longamente junto à saudosa recordação da minha querida mãe, há tantos anos ausente( deixou-me, tinha eu chegado vivo da guerra colonial), mas que pressenti, ali, mesmo ao meu lado.
Vacilei.
Será que me faria bem voltar àquela catedral, em silêncio, meditar, pesar toda a minha vida…
Pensei no amor que sinto pelos que me são queridos e desejei para essa pequenita, agora mulher acabada de se unir a esse jovem toledano, toda a felicidade no porvir, como desejaria para quem quer que tenha o meu sangue, o meu ADN.
Aos pais, ofereci-lhes tão somente, o abraço fraterno de uma longa e verdadeira amizade, e porque não um grande beijo de Amor fraterno.

1 comentário:

Concha Pelayo/ AICA (de la Asociación Internacional de Críticos de Arte) disse...

Hola Jorge, me alegro mucho de que hayas hecho un viaje tan bonito por tierra española y a Ávila, un lugar precioso y que observando sus murallas se puede enmudecer. Celebro que se reunieran dentro de ti, tantas emociones. Es muy agradable la simbiosis de los sentimienteos y el arte. En realidad, ambas cosas deber ir juntas ya que sin arte no hay sentimientos y viceversa. Celebro que te hayas curado de la gripe.