domingo, abril 10, 2005

tudo isto é triste tudo isto é fado

Como é triste e dolente o tânger de uma guitarra, assim o é este nosso povoléu, (paradoxalmente, pela sua incomensurável incultura e ausência de civilidade, claro), a pensar que sabe mais do que nenhum outro á superfície deste nosso novo mundo sem regras nem valores.
É um fenómeno tipicamente local: só democracia, mas só se for no interesse do próprio!
Belo pensamento lusitano este!
E então, vale tudo e tudo é pretexto para mais uma xicoespertice, uma habilidadezinha portuga, enfim..., chorrilhos de vigarices a todos os níveis, mil e uma invenções destas cabeças latinóides, no pior dos sentidos, entenda-se.
Calculem, que nem as carripanas azuis decarregar as compras dos hipermercados escapam à inteligência e voracidade matreiras dos geniais portugalóides.
Qual não foi o meu espanto, quando num destes últimos dias em que ia fazer umas compras de que necessitava muito, deparei com uma barreira vertical de ferros chumbados com cimento forte ao chão, à saída do Carrefour e Telheiras, e ali mandadas colocar, por certo, pelos patrões Gauleses daquela superfície comercial, não seguramente com o intuito de embelezar o ambiente, mas sim, (vergonha das vergonhas)! calculem: para evitar a saída descarada e criminosa desses carros de compras, que depois a inteligente clientela costuma abandonar onde mais lhe convém.
O que é que esses presunçosos Fracius não teriam ficado a pensar de nós, nobre povo...Nação valente...!, ao depararem com a desturição das referidas barreiras, logo no dia seguinte?!
De facto, infelizmente, não há nada a fazer com este estigmatisado povão dotado de tal esperteza saloia apuradíssima: somos apoucados, porcalhões, invejosos e reles, como mais reles é o mais reles dos reles!
E acredite-se ou não! Hoje mesmo, encontrei abandonado na rampa que dá acesso à garagem do prédio em que vivo, mais um desses famos carrinhos azuis, surripiado através dos buraco feito na grade de cimento onde as barreiras tinham sido fixadas e pensadas indestrutíveis, mas que afinal não resistuiram à esperteza nacional, tão famosa entre a gentalhaa deste triste País de fados vários.

2 comentários:

AQUENATÓN disse...

Eis verdades gritantes como punhos.

Eis a cidadania abandonada, em cada esquina.

Eis a realidade de um povo que se desrespeita inultilmente a cada instante, captado pelo " olhar felino " de um cronista do seu tempo.
TUDO ISTO É TRISTE TUDO ISTO É FADO!

Obrigado Jorge.

Carlos de Matos disse...

Andas atento!
Portuga é mesmo assim!
Sempre que haja uma abertazinha...gama-se qualquer coisa!
Cá o jovem só de pensar que o poderia fazer, fica logo azul às riscas só de vergonha!

Mas é assim!
xi-coração