segunda-feira, abril 25, 2005

O meu 25 de Abril

O meu 25 de Abril

Nessa madrugada gloriosa Portugal viu-se finalmente livre do ditador que todos pensavam ser só odioso pela sua tacanhez e argúcia de opressor de todos os que sonhavam com um País livre e fraterno e igualitário.
Enganam-se muitos, cuja ingenuidade os leva a pensar assim, porque, de facto, Salazar não se limitou a ser um déspota pacóvio de botas de atilho e ceroulas. Foi mais do que isso. Muito mais. Foi um tirano parolo à portuga, castrador emérito de liberdades, um homem de uma inacreditável perversidade em muitos aspectos, cujas habilidades nem todos, ou não conhecem ou porventura esqueceram.
Não se esqueça por exemplo, entre outros factos, a hipocrisia com que, dando liberdade e poder totais, aos seus díscolos da primitiva PVDE, depois chamada PIDE, tratou os milhares e milhares, não se sabe bem quantos, de refugiados do nazismo hitleriano, enchendo os cofres do estado novo, obrigando-os a comprar, com o pouco que traziam, o sonho da salvação, num País que se julgava neutral e afinal o não era – Oliveira Salazar queria estar de bem com os anjos e o diabo –, os vistos transitórios de curta permanecia em Portugal, para depois os reencaminhar, os que podiam garantir a sua passagem, a caminho do continente americano a outros, não tão poucos assim, por intolerância politica ou qualquer outra forma de conveniência para o regímen de regresso a
CAMINHO DOS CARRASCOS NAZIS.
É bom que estes factos não caíam no esquecimento e que os rapazolas, de todas as cores e credos políticas que há tantos anos nos governam e que infelizmente tantos sonhos desse dia de Abril fizeram gorar, ou por provada imbecilidade politica, incapacidade e por que não dizê-lo, em alguns casos, ao serviço de inegáveis interesse pessoais e de grupo, tomem muita atenção ás hordas de novos neonazis que no nosso Portugal se organizam e brotam impunemente dia a dia e que pelo menos a esses seja vedada a tão apregoada liberdade.
Devemos ter em conta que afinal, aquilo com que tantos demagogos diariamente enchem as bocas: as tais conquistas de Abril, afinal, não passam de palavras ocas propaladas por mentes canhestras saloias, sem que desse facto se dêem conta,ou por interesse, ou leviandade ou por imbecilidade façam a mínima ideia do que essas palavras significam para tantos que hoje sentem na pele o tormento do desemprego e tantas vezes de uma miséria escondida.
Sonhámos um país novo onde todos tivessem uma oportunidade, mas afinal esse ensejo foi para a maior parte de nós gorado.
Claro que se salvaram alguns clãs e todos calculam quem sejam.
Cá por mim o 25 de Abril é festejado no meu coração desiludido.
O que é feito da apregoada educação tão necessária a este povo que só conhece direitos e renega toda e qualquer obrigação?; que ainda cospe para o chão….
Da saúde?....
Etc, etc, etc,. blá, … blá,… blá,... Tanto,tanto que havia para dizer !
Numa coisa é este povo, dito livre, campeão: Na sua famosa xico-espertice.
Só que estamos prestes a pagar muito caro por essa habilidade!
Cá por mim o 25 de Abril é festejado no meu coração desiludido
……

3 comentários:

axadresado disse...

jamais haverá liberdade.
hoje somos confrontados, com a emigraçao ilegal, que se ao menos viesse para trabalhar, mas não, vem contribuir para o aumento da criminalidade , que sobe a cada dia que passa, assaltos á mão armada, fronteiras livres de controle etc....
apesar de eu não ter vivido nasse tenpo, pelo pouco ou nada que sei, o 25 de abril só serviu para a liberdade de expressão.
estamos a pagar um preço demasiado alto,para viver num pais(livre) dizem eles.

isabel mendes ferreira disse...

querido queridissimo avô barbas abandonáste-me....?

isabel mendes ferreira disse...

oh Anjo querido só tu para me encontrares assim a des-tempo na madrugada. que bom.fico à espero que te encontres e já sabes que nos habitas sempre.O Moscardo tem perguntado por ti. vemo-nos no fds?