quinta-feira, dezembro 08, 2005

Os pequenos cantores de Carcavelos

Cerca de cinquenta crianças, quais anjos descidos à terra de um imaginário de perfeição, entre os seis, sete e os três anos, vestidos de jardineiras de um azul jeans desbotado, blusas de quadradinhos, gorros e cachecóis vermelhos cantaram hinos de Natal e temas populares, na escadaria de um hotel, para um grupo de médicos aí reunidos no seu congresso anual.
Que momento de incontronável magia.
Que suavidade me invadiu o coração e me pacificou as angustias de dias conturbados.
Que emoção senti ao ver aquele doce balancear dos seus corpinhos ao ritmo dos cânticos e que doçura emanava desse momento inesquecível.
Parecia ver ali também aquela coisa pequenina e adorável, que é a minha neta.
E como foi bom sentir amor e enternecimento por aquelas almas pequeninas e ainda desconhecedoras deste mundo louco em que vivemos.
E que pena sinto que o Natal não seja todos os dias e para todas as crianças de todo o mundo, especialmenete para aquelas que mais privadas estão de tudo, ou de quase tudo, por razões que este mundo de desenfreados interesses teimamem em não alterar.
Será que algum dia os responsáveis por guerras, por misérias inflingidas e sofrimentos despiedados a outros, só interessados nos seus benefícios, recebam o merecido castigo?
Duvido!
E tenho pena de que assim seja: que em vez de amor entre os homens pouco mais haja do que discórdias, egoísmos e crueldade.

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