terça-feira, dezembro 20, 2005
O Natal, os Políticos e o Portugal submerso dia a dia
O Natal está à porta e as recordações trágicas de uma guerra que parece estar definitivamente esquecida, até dos manuais escolares o que é verdadeiramente inaceitável e ignominioso, como se nada se tivesse passado, regressam impiedosamente às nossas memórias, vindas da lonjura de uma época de crueldades sem par em que até pessoalmente nos vimos envolvidos e que desejariamos nunca mais poder rememorar.
Na verdade, quando nos lembramos desse passado, ainda não muito longínquo, em que nos foram roubados os melhores anos da nossa vida, mandando gerações inteiras (salvo os habituais filhinhos protegidos do sistema à boa maneira da cunha Portuguesa), para uma injusta e inqualificável guerra colonial, em nome de não se sabe o quê, talvez um propalado amor pátrio, numa exaltação fanática, de cariz profundamente fascista, onde vimos morrer, tantas vezes, jovens, do melhor que este miserável País tinha como filhos e que o regímen Salazarista, tratava como bastardos, como carne para canhão, na defesa do que esse poder, então vigente, chamava de sagrado solo Pátrio, exultamos de um misto de saudade das fortes amizades ali acontecidas para sempre, alicerçadas de uma forma definitiva e irrefutável, na dor, no companheirismo e na solidariedade da sobrevivência, e por outro lado, espumamos de raiva incontida, quando assistimos aos discursos demagógicos, provocadores de uma incontrolável volição, ditados pelas bocas da grande maioria dos políticos do agora, que nunca experimentaram nem a amargura da distância, nem o medo, ou o mais ínfimo sentimento de irmandade, entre camaradas verdadeiros, em tão difíceis circunstâncias: as do combate de guerrilha, nem qualquer outro sentimento alicerçado numa solidariedade verdadeira, tentando nos seus discursos mandar para o esquecimento, com desonra, esses milhares de mortos e mutilados que dessa hedionda e injustificada guerra resultaram, como se nada se tivesse passado ou nada de menor importância tenha acontecido, então explodimos, por não ser mais possível suportar tais desaforos.
E é vê-los guerrearem-se, não em perigosas picadas africanas, mas nas lutas por um poder e desmedida ambição, pela repleção dos seus bolsos sem fundo, ou pela ganância do poder pelo poder, força que lhes confere uma vida verdadeiramente ignóbil de desrespeito pelos que nada têm, tantas vezes para um pequeno pedaço do digno pão que cada honrado homem merece.
É só ligar a televisão e ver como eles, agora candidatos à Presidência de um País já quase moribundo se defrontam, como se vendem como Judas Iscariotes se vendeu, (cito as fontes da fabulação religiosa, tão só como estórias bem ficcionada), a troco de éfemeros poderes, neste mundo de tão breve passagem; e sorrio perante a pequenez dessas mentes que só desejam protagonismo, poder e público reconhecimento de capacidades e poderes, em que já ninguém acredita e que de nada valem perante a inexorabilidade dos seus determinados fins: a morte sem honra nem glória.
E há até quem invoque qualidades de político profissional, não se dando conta de que já ninguém o leva a sério e, sobretudo ele, mais até do que os outros, deveria ser quem deveria estar de boca fechada por ter chegado a hora e a idade em que a sabedoria da velhice deveria ter feito dele um tanto sábio, o que infelizmente se constata não ter acontecido.
Dos outros o que dizer?
Vira o disco e toca o mesmo!
Uma palavra de respeito, pelo menos, é o que se exige para tantos mortos, em nome da ingénua coragem e de toda uma geração jovem, que em terras distantes de África, deixaram as suas vidas, fruto da inteira responsabilidade de outros políticos, os de então, também iguais aos de agora, afinal, nem melhores nem piores, muito embora as cores com que estes do actual exibem as sua bandeiras, não tenham a mesma identidade cromática desses do passada, mas que no fundo, são as mesmas cores essenciais de que são compostos os arcos íris da sua perversidade, da sua incontestável e teimosa e comprovada incapacidade, quer por imbecilismo, quer por, espertalhice pacóvia e interesses obscuros, fingindo lutar por um Portugal melhor, onde a palavra solidariedade com que enchem as bocas devesse ter exactamente o significado expresso no simples diccionário do Torrinha.
Soares,...Louças, ... Alegres,... Jerónimos,... Cavacos,... Portas, ...Sócrates,...Durões, ..., mais este, mais aquele, pouco importa,...encapotados e prepotentes Salazarzinhos de meia tijela, etc., … e quejandos energúmenos dos partidos, das Opus, das Maçonarias, ou de outar organizações em que eu nunca participaria, porque só eu sou dono de mim próprio..., em suma toda uma casta de bandos de maltrapilhos etrapaceiros, totais desconhecedores da palavra honra, respeito, solidariedade…
Uma coisa não desconhecem eles:
A mesquinhez da inveja, do mau perder, da prepotência, da ganância,da corrupção mais descarada, do estar-se nas tintas para a desgraça dos outros, etc etc, etc e mais as merdas que do mais vil se possa e não possa imaginar,
Desta reflexão resulta que sinto uma quase incontrolável vontade de desaparecer daqui, de perder a nacionalidade em favor de uma qualquer outra que seja decente; procurar um mundo onde haja pessoas que valham a pena, porque por aqui, o stock está, ou será que esteve sempre esgotado!?
Pena é que a vida mo não tenha permitido fazer em tempo apropriado.
Penso nos Natais de miséria que para aí virão para a maioria de nós e dos nossos descendentes.
Claro que nem todos pagarão a mesma factura, pois continuará a grassar o que parece ser racialmente congénito: um conjunto de pirosos portugas engravatados e imbecilóides, mas espertalhões como ratazanaz de cano de esgoto (nisso somos campeões Olímpicos), que nunca passarão de uns parolos deste ignorado canto do mundo, mas que poderão viajar em TGVs e embarcar em OTAS, nem que seja tão só para chegar a Vila Franca do Campo, ou mesmo à gloriosa cidade Invicta.
Eleições? …., Referendos, … mais eleições? … Ah, não! Basta, escória de malfeitores, de trapaceiros… etc… trupe de bastardos!
Vamos portugueses de BEM: bebam tino, comam pataniscas enquanto ainda há, sorriam, mesmo sofrendo, que foi para isso que fomos predestinados, mas pelos menos, tenham a coragem de se cagarem nesses bandos de parasitas politiquentos,desde a franja saida de uma direitinha merdosa, à baínha da mais miseranda esquerdilhice, onde ainda grassa o virus de um cripto social-fascismo, quer Estalinista, quer Trotzquista, franja esta, cheia de rapazolas da mais alta burguesia, bocas a feder mentiras sobre direitos de trabalhadores, que só os seus lábios as pronunciam, porque a alma deles o que mais quer é o bem-bom, e sobretudo, nem sequer liguem a Televisão à hora em que todos estes energúmenos mostram as dentuças sorridentes, como se fossem os Anjos Salvadores de todos nós.
Só a rir!
Eu?
Votar?
Nunca mais!
E se um certo tipo conseguir aldrabar a malta, uma só vez mais que seja, garanto que nunca mais pagarei um centavo de impostos e considerarei que sou eu que estou enganado, que os Portugueses é que sabem, e que o que eu mereço é ser lapidado em praça pública.
Garantido.
E já agora um conselho: comam-se uns aos ourtos Srs Politiqueiros, que eu vou aproveitar a noite de Natal, para a partir dessa data não ligar mais a TV e nesse fim de dia de consoada comer em paz na companhia de gente boa, a minha gente, uma simples posta de bacalhau com batatas e couves, porque não sei se em 2006 ainda o poderei fazer.
Ah! A propósito de comer, já me esquecia de comentar o que tanto anda na boca do mundo: ninguém se cansa de repetir aquela estória do Cavaco a comer bolo-rei, mas afinal ninguém reparou quando o Soares da voz de cana rachada e ainda por cima semi-fanhosa, comia o seu bolinho de velas de bocarra aberta, como um verdadeiro borgeço, sabendo ele por demais, que isso é má educação.
Muito má educação, para não dizer educação nenhuma.
Lá sabe o povo quando diz:
O pior é: quando o fato se rompe, logo se vé o cu de fora, o que para os que não gostam de uma linguagem tão metafórica, equivale a sugerir: a porra é quando o verniz estalapuxa o pé para a chinela.
Tenho dito.
FELIZ NATAL PARA TODOS OS PORTUGUESE QUE O MERECEM TER.
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1 comentário:
Querido amigo, una situación así también la vivimos en España, pero para qué hablar...
Un saludo de parte de la familia toledana que les desea Bom Natal y un próspero año 2006 para todos los que tienen una inquietud. Ana, la hija de Maria Lurdes de Toledo
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