É muito doloroso aceitar o dia em que constatamos que, afinal, não somos nenhus Tarzans e que o que pensávamos só aconteceria aos outros, também muitas vezes acaba por nos atingir a nós próprios, criaturas que até esse crucial momento exultávamos de saúde: mental e física; e não direi de felicidade, porque não consigo compreender o que isso é na verdade. De facto, esse conceito é de tal modo incompreensível, que deixo para quem tenha a capacidade de se sentir isso, feliz, uma mais atinada via de explicação.
É dura, muito dura a solidão e por vezes ainda mais terebrante e inexplicável ainda, quando aparentente dela não temos razões aparentes para nos queixar, só por que temos uma família que muito nos estima, claramente comnosco se preocupa e ao mesmo tempo nos abraça à sombra da sua protecção.
Tudo isto é verdade, só que a solidão é estranha a toda esta fenomenologia e nos agarra e puxa para os fundos escuros de um imprevisível axfixiante.
Caímos numa profunda solidão e angustia demolidoras por muito que tentemos seguir acreditar no que de imediato nos dizem familiares e amigos: que não é tão mau assim, que tudo se irá resolver em bem...e outras landonas , que a mim me entram por um ouvido e de imediato saiem pelo outro, ou até, o que é o habitual, que nem lhes chego a prestar atenção, tal é a intensidade da agonia que tantas vezes me fere quase de morte.
Mas o que fazer senão tomar consciência da nossa fragilidade, nesta temporalidade de gota infima no tempo de um Universo, no qual nem poeira chegamos a ser?
Par agravar o quadro negro damos depois uma volta por este triste Paí nosso e aí tudo se complica mais ainda, porque parece que ele está também profundamente deprimido e sem regresso.
1 comentário:
...tens que vir passar uns dias a minha casa!
...ou mesmo irmos dar uma volta por esse mundo de gente só...
...dou-te a volta e a eles também!
tens é que trazer o rabecão, para angariarmos fundos para a viagem! eu levo aquele chapéu que conheces, para a recolha dos ditos!
Xi
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