Tempos houve em que a minha ingenuidade me levava a acreditar em políticos, como sendo aqueles de cujas capacidades dependeria em grande parte o bom funcionamento das instituições tendo como desígnio primordial a construção de uma sociedade em que justiça social, em todas as suas múltiplas vertentes fosse conducente, dentro da medida possível, a um bem estar comum, igualitária e democraticamente distribuído.
Ingenuidade de criança a minha!
Desde a queda do regime opressor de Salazar, decorrido bem à Portuguesa, pela mão de sórdidos burgessos pidescos provincianos (é obrigatório compará-lo com os de certos tiranos que de há muito e ainda hoje oprimem os mais indefesos por formas bem mais desumanas e brutais ), que governo a governo, poder desde e daquele, em alternâncias, as mais caricatas, que vimos a assistir ao chorrilho de mentiras e promessas que esses detentores do poder, políticos eleitos por todos nós, cometeram e continuam a cometer, baseadas em competências que acabam por se não comprovar, porque finalmente todo acabamos por ter consciência de que os políticos que nos tem governado, ou são amadores do ofício, ou então, serão talvez portadores de alguma rara patologia esquizofrénica megalomaníaca que os convence de que de facto foi para aquilo que nasceram, para salvar o povo incauto que neles vota tantas vezes seguindo uma cor determinada, como se de futebol se tratasse, num folclorismo só possível neste país ainda quase analfabeto em quase se não em tudo.
E senão, tome-se como exemplo uma coisa muito simples que o recém-nascido socratismo acaba de parir, ao mesmo tempo que vai largando os lóquios viscosos e imbecis do parto de uma governação que tem primado pelo silêncio mais intrigante
Refiro-me só por exemplo, (por reconhecida impossibilidade humana de tentar abordar toda a problemática em que Portugal está envolvido, e também porque é tal a imensidão da minha discordância com a maior parte das medidas tomadas para controlar o anunciado terrível deficit), à imbecilidade e teimosia em manter livres de portagens as famosas scutes, como que só para atestar que, afinal, sempre cumpre o prometido, sabendo ele por demais (faço-lhe a justiça de pelo menos imaginar que ele sabe muito bem do que falo).
E pergunto-lhe: então quando não existiam as ditas scutes (auto-estradas, entenda-se), os portugueses espertalhaços dessas regiões iam de avião de um lado para o outro quando disso tinham necessidade? Não, Sr. Primeiro-ministro; iam pelas estradas que já ali existiam.
Quero com isto dizer que afinal esses senhores que não querem pagar portagens, afinal, sempre tiveram alternativas; só que agora pelas scuts é bem melhor! Não é isso? Ou têem o topete de o negar.
Então que as paguem, muito embora os problemas que esse facto possa acarretar, porque eu, como muitos milhares de outros cidadãos cumpridores rigorosos dos deveres fiscais, que por ali não transitam, não estão dispostos a colaborar das suas já parcas economias em tal desvergonha demagógica.
Garanto-lhe que vai haver barulho a este respeito, isso é que vai, Sr. Engenheiro Sócrates.
Que os senhores continuem a penar na 125, só para não falar de outras, porque eu não ponho lá os pés.
3 comentários:
este teu post não necessita de comentarios!
leva-me a escrever aqui a coincidência da data em que o fazes: 28 de Maio!!!
Ufff! que susto!
:-)
:-)
Xi
VIVE LA FRANCE !
VIVE LA LIBERTÉ !
boa é assim mesmo. bate-lhes com toda a força da tua inteligência acutilante.e a despropósito, tens à tua espera em Piano um puzle a precisar da tua escolha.abraço.
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