quinta-feira, agosto 11, 2005

Quem não se sente, não é filho de boa gente




Abusivamente, copiei para este espaço uma crónica da jóvem ( como o iluminado Professor Marcelo, o sabe tudo, lhe chamou; ele de facto é o maior...),Joana Amaral Dias em que se fala da nova Inclítica Geração como, com toda a propriedade o Faz tudo lhe chama.

Refriro-me pois a mais esta escandaleira dos empregos dos filhinhos dos políticos e deles próprios, coisa que não se estranha neste PAÍS DE COMPADRES E ALDRABÕES.

Depois lá vem o prfessor con desculpas esfarrapadas a tentar explicar o que não é explicável!

Enfim, mais uma para povoléu engulir!

Então porque não têm os filhos dos outros as mesmas possibilidades?

Refiro ao que ele contesta: que tentou dissuadir o seu pequenote a permanecer no lugar que ocupava: uma grande empresa de não sei quê....Blá, blá, blá...

Devo aqui dizer que uma filha minha muito melhor classificad no curso do seu rapazola não teve as mesma possibilidades e pena ainda num empregozeco mal pago...

Ah se ela fosse filinha de Sampaios, de Guterres, de Marcelos, dessa possidónia enfatuada com nome de peça de constelação( estrelinha), sempre a tentar humedecer a língua enquanto verbora, naquele indisfarçável sotaque de Alfandega da Fé ou de outra qualquer terreola lá dos caboucos do Norte... ou de outros pimpões que andam para aí na gosma dos apadrinhamentos outro galo lhe cantaria!!!

E digo isto com desgosto acrescentando que isto por aqui não é País em que se viva!

Na minha crónica no DN de anteontem, referi o facto de a Portugal Telecom empregar dezenas de filhos de políticos e ex-governantes. A referência fazia parte de uns textos curtos que, ocasionalmente, coloco no fim do texto principal e dizia:“Ligações Perigosas. Na Portugal Telecom estão empregados dezenas de ex- políticos e filhos de governantes. A filha da Edite Estrela, o irmão de Santana Lopes, o filho de Jorge Sampaio, o filho de António Guterres, o filho de Marcelo Rebelo de Sousa. Uma nova geração em amena convivência.”Facto que foi noticiado, pelo menos que eu saiba, pelo Correio da Manhã e pelo Diário Digital, tendo igualmente sido depois mencionado no Causa Nossa, por Vital Moreira, no Renas e Veados e n’Os Tempos que Correm, por Miguel Vale de Almeida.O Renas e Veados nota, aliás, como a notícia que Vital Moreira e Vale de Almeida linkavam do Diário Digital desapareceu depois, do site.Seja como for, ontem ao final da tarde, um amigo, sempre mais atento a estas coisas, chamou-me a atenção para o facto de na “Tribuna Livre” do DN, onde surgem as cartas dos leitores, Marcelo Rebelo de Sousa fazer um esclarecimento sobre o que eu comentava na crónica. Eu não tinha reparado porque ontem apenas li o DN on-line, onde não consta (pelo menos não encontrei) esta rubrica.Marcelo Rebelo de Sousa diz o seguinte (texto integral)“Relativamente à peça hoje (ontem) publicada (no DN), da autoria da jovem política Joana Amaral Dias, e da qual se pode depreender a existência de qualquer tipo de ligação perigosa ou dependência minha por causa do meu filho Nuno, ou do meu filho por minha causa em relação à PT, pelo facto de este exercer actividade profissional naquele grupo, venho esclarecer:1) O meu filho entrou no Grupo PT já eu deixara de ser governante há cerca de 20 anos e líder da oposição há quase meia dúzia.2) A decisão do meu filho foi tomada contra a minha opinião, que teria preferido que continuasse numa prestigiada empresa de consultadoria internacional, aliás na sequência de MBA feito em Singapura e Fontainebleau. Mas, como se compreenderá, eu não tenho o direito de mandar na carreira profissional de um filho de mais de 30 anos, nem ele tem de subordinar a sua actividade profissional às minhas opiniões.3) O facto de o meu filho exercer funções no grupo PT não me impediu, como é natural, nos últimos anos de ser livre de comentar a PT no plano económico e político, nem de, enquanto jurisconsulto, emitir pareceres desfavoráveis à mesma, sempre que o entendi juridicamente justificado.”Fica o esclarecimento de Marcelo Rebelo de Sousa que, pelos vistos, visava a minha crónica e não todos os outros que deram ou destacaram a notícia. Todavia, não posso deixar de sublinhar que não era a Nuno Rebelo de Sousa que se dirigia o meu comentário. Mas antes à “coincidência” de na PT se encontrarem empregados não apenas os que mencionei no DN mas muitos outros, como se pode ler na notícia- não desaparecida em combate- no Correio da Manhã.

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