terça-feira, agosto 02, 2005
O triste atraiçoado
Apresentamos a Peça
Farsa Eleitoral/Presidencias e Autárquicas em três actos,que devem ser lidos ao contrário, isto é: este episódioé o útimo o que vem a seguir é o segundo e ainda a seguir, como é obvio, é o primeiro destes três, desta epopeia épica portuguesa contemporânea.
Autor: anónimo, acabado de ter alta de centro de saúde mental, que perdeu ao longo de anos de convulsões políticas.
ABRE-SE O PANO APÓS AS CURRIQUEIRAS PORRADAS DE MOLIERE.
Piscam luzes rosas e alaranjadas.
Ambiente da acção.
Cenário
Local de regresso dos carros do lixo após a recolha.
- Tenho pena dele. Parece ser um gajo porreiro!- diz o tolo.
- Pois é, mas lixou-se - replicou o esperto, espirrando com força.
- Porquê? pergunta o tolo de boca aberta num esgar imbecil.
- É mesmo ceguinho! Não vêz que os amigos lhe tiraram o tapete?!- respinga o esperto.
- Vamos mas é embora e deixem lá os gajos andarem à porrada pelo lugarzinho quea noite já vai alta e a nós, essas guerra não nos dizem respeito - resmunga o que sempre esteve calado até então, afastando-se de cena.
Um fade esfuma a luz do palco.
Ouvem-se palmas e gritos:
Fora, fora com os gajos, já chega, fora, fora com eles (as vozes vão-se tornando longínquas enquanto se ouve o som do grupo de cantares de Mafamude intrepretando belas canções de natal), fora, fora com eles ...
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4 comentários:
"magnificat" aasim nomeio este pot. e tenho dito. comentário dos deuses andantes sobre a terra dos demónios...bjs.
errata: "assim".que coisa...
Já não posso ouvir falar destes tipinhos, todos, sem excepção, só mesmo rindo! Boa Jorge!
deliciosa Peça.
peço mais.
um abraço
graziela
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