Sejas tu quem fores Estejas aonde estiveres Vem ao meu encontro. Levanta a tua adaga Fere-me Fere-me Corta-me a alma Em mil pedaços Diédricos, octogonais, cuboides, Ou mesmo em grãos de poeira Desfaz o puzzle da minha angustia. Ofereço-te uma flor, Uma rosa, cravo ou um jasmin branco de neve, em troca da tua coragem A que me falta por estar só Sem o teu auxilio Por isso te peço Fere-me Destroi tudo Tudo o que sou tudo o que nunca gostei de ser Eu Nada Ninguém No absoluto E quando o vento levar os meus pedaços Lembra-te de mim Pensa nas rosas que fenecem Oferece-me uma Mesmo que em breve Ela morra também, na minha sepultura incógnita No vento Perdida por aí E assim talvez na morte serei por fim feliz. |
É hoje sem fim a tristeza que me invade e pergunto-me porque me terá reservado a vida dias tão sombrios, que mal tão grande cometi, para ser merecedor de tão amargo castigo.
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