segunda-feira, novembro 14, 2005

Um jantar de amigos



Hoje , o agradável jantar decorreu na companhia de um jovem, que sei ser meu desinteressado amigo de verdade (que razões teria ele para o não ser; eu que sou aquilo que ele vê à transparência pura do seu jovém cristalino de quarenta e dois jovéns anos).
Basta olhar a sua calma, que tanto invejo, para se perceber que se trata de um rapaz de boa cêpa, amigo seguro, gentil, afável, consentâneo com a minha noção de verdadeira e pura amizade.
Obrigado, pois, meu amigo indefectível: RUI.
Trouxe consigo um outro amigo seu, homem entendido na arte de saborear um bom café, com a destreza e a ciência da delicadeza que tal competência impõe, e assim, lhe fico a dever mais esse gesto de me dar a conhecer outra côr da sabedoria.
Depois, como vem sendo hábito seu, para mim imerecido talvez, não esqueceu mais um aniversário meu, o aniversário do meu caminho para o fim, daqueles, que em vez de alegria, me causam a triteza da próxima finitude, a passo de galope.
E sei que ele, tem a noção de que nesta vida tudo é efémero: o que hoje é importante , de súbito será esquecido, como se um vento agreste e cruel tudo arrastasse à sua passagem, em indomável rodopio do tempo breve que vivemos.
De todo o modo, obrigado Rui, mil vezes obrigado, meu amigo, homem que muito respeito e admiro, não só pela ternura e capacidade de não esquecer os que são seus gratos e verdadeirose amigos, sem rodeios ou mesuras desnecessarias; aqueles que a vida algum dia renegou como bastardos ( talvez por própria opcção), bem como pela sua sempre disponível inteligência imediata, pela ajuda preciosa que me tem proporcionado de ver a vida mais nítida, mais clara, mais bonita, em toda a sua plenitude cromática e definida.
Um abraço sentido, quase paternal, carregado de emoção e de verdade.
Que o seu, ou meu Deus o abençõem, por me fazer ver tão claras as coisas deste mundo em desagregação em que vivemos.l
Coisas do coração, da amizade sincera, que espero perdure até ao fim dos meus e dos seus dias.
Um abraço meu, apertado, para si, meu indefectível amigo que tenho a felicidade de ter: A si Rui.
O apelido fica entre nós!

1 comentário:

Concha Pelayo/ AICA (de la Asociación Internacional de Críticos de Arte) disse...

Estimado Jorge, qué buen amigo de tus amigos eres. Ojalá que todo el mundo fuera así. Un abrazo.