Conheceram-se na Guiné, durante a guerra colonial, nos anos em que este conflito estava no auge da sua violência: ele, jovem alferes médico, o outro, um novato furriel enfermeiro da sua companhia. Embora as normas do regulamento militar não sancionassem o convívio entre sargentos e oficiais, foi a guerra que no seu desenrolar da misérias e da dores, de feridos e mortos, condicionou a grande amizade que a partir daí se estabeleceu entre ambos. Depois, salvos e fisicamente intocados, o regresso e o inexorável afastamento de quem regressa às suas profissões anteriores.Mas, ironia do destino, que tantas vezes traça caminhos que a razão não compreende! Inacreditavelmente, para além de curtos telefonemas e de combinações de encontros que acabaram por nunca se concretizar, estiveram anos sem se voltarem a ver, até ao dia em que sua filha lhe participou que tencionava casar. E para maior espanto seu, exactamente com um filho dele, do seu indefectível amigo, o seu furriel das boas e más horas. Teias que a vida tece. |
quarta-feira, novembro 23, 2005
A ironia das teias que a vida tece
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4 comentários:
a vida faz-nos cada surpresa!
um abraço
graziela
Parece tirado de um romance...
Todas as coisas más têm um lado mais brilhante, não é?
Continue, continue!!
Um abraço.
BEIJOS MEU QUERIDO.....
Os fios invisíveis que nos unem. Gostei muito Jorge. Beijo grande. Deixáste-me sózinha todo o dia mas continuo a gostar muito de ti...
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