segunda-feira, junho 06, 2005

Em que estará este pimpão a pensar?

O que estará ele a pensar com aquele ar tão compenetrado?
Talvez que se excedeu naquela vozearia histérica em que é perito, quando, batendo punhadas fortes no tampo do púlpito em frente do pessoal que num recente comício na província, o ouvia embevecido, imprecando contra a banca e as seguradoras!
Claro que aquele frenesim discursivo não é para levar a sério e o maroto sabe-o muito bem.
Talvez sim.
De facto, é preciso ter lata. Ele que foi um Guterrista dos rijos e portanto tão culpado, em grande parte, (não excluo dessa responsabilidade, outros partidos tanto ou mais irresponsáveis que o dele, desde a esquerda bafienta do PC, ao ridículo e anacrónico partideco trotskista do papagaio Louça, tão vazio de soluções e só capaz de vozear a favor daquilo em que lá no fundo, não acreditam; imagine-se o Professor falante a beijar na boca uma qualquer camponesa hirsuta e desdentada, especializado em arrastar para as suas fileiras os filhos mais salientes da melhor burguesia portuguesa, aliás, como sempre acontece nestes contextos pseudo revolucionários, e nesse aspecto, a história fala por si, passando pelos partidos ditos de direita, todos), como a restante camarilha do seu partido, no descalabro despesista de Guterres (devíamos chamar-lhe Gutierrez, à boa moda dos chefes de cartel sul americano), aquele sorridente rapazinho de ombro descaído, de glabra face angelical.
Mas pronto, o coelhinho rapaz falou, está falado.
Ou talvez não.
Será que, afinal, ele está a pensar que um destes dias, um qualquer membro do outro incontornável poder, o da tantas vezes mais do que grossa fatia irresponsável de uma certa comunicação social portuga, ainda vai pregar nos jornais com a notícia dos proventos que o estimado senhor vai receber quando se reformar da política e regressar às suas origens beirãs?
Tudo é possível. Neste País de invejosos inveterados tudo é de facto possível.
Até mentir descaradamente, dar o dito por não dito, prometer o que é impossível de cumprir, etc.…etc. …, São comportamentos corriqueiros que se entranharam no código genético deste povo em vias de extinção como gente digna e livre.
E não venham choramingar que temos oitocentos anos de história, porque isso, é assunto arrumado. A malta quer é o bolso cheio e os outros que se lixem.
No final de contas, a história também aqui se repete: quem se amola sempre é o pobre bivalve já tão magrote e definhado dentro da sua frágil concha.
Valha-nos Deus! O que havemos de fazer? Pedir um passaporte espanhol?
È uma saída! Cá por mim não me importava. Se até falo espanhol quase correcto!

1 comentário:

Carlos de Matos disse...

...embora aí para Tordesilhas? ou mesmo Badajoz?
eu fico com a parte espanhola...tu ficas com a raia (porque o resto não interessa)!

:-)


Xi